Shelf life: Porque o seu produto precisa desse indicador?

 em Consultoria alimentícia, Shelf Life

Determinar o shelf life é identificar qual o tempo de validade de um determinado produto. Isso é feito através de estudos laboratoriais que identificam possíveis alterações que esse produto pode sofrer ao ser expostos a condições específicas do ambiente.

A partir desse estudo é possível indicar o tempo ideal que o alimento pode ser consumo sem causar riscos à saúde. Por isso é recomendado que antes de comprar qualquer item, deve-se verificar se o prazo de validade está descrito na embalagem. Mas será que a população entende a sua importância a ponto de olhar o prazo de validade quando vão escolher algum alimento?

Estudos mostram que quantidade de consumidores que não olham o prazo de
validade dos alimentos no Brasil é considerada relativamente alta.

Um estudo realizado pela Associação Brasileira de Procons com “aproximadamente,
950 consumidores em vários estados e municípios brasileiros identificou que cerca de
14% dos consumidores não consideram importante conferir prazos de validade dos
produtos.” (Folha Vitória, 2016).

“Além disso, apenas 39,4%, ou seja, menos da metade dos entrevistados, relataram
conferir sempre tais informações.” (Folha Vitória, 2016).

Quando essas informações são divididas entre as categorias de alimentos, os dados
variam consideravelmente. Em embutidos e frios “11,4% dos clientes relataram nunca
verificar os prazos de validade.” (Portal R7, 2017).

Ao observar a categoria de carnes, essa porcentagem aumenta para 20%. A pesquisa
ainda fala que “no que diz respeito a produtos como arroz, feijão e macarrão, apenas
24,5% disseram conferir a validade, sendo que 43,4% dos consumidores
demonstraram não ter essa preocupação, pois nunca verificam essa informação nas
embalagens no momento da compra.” (Portal R7, 2017).

 

Mas por que esses dados são preocupantes e qual seria a necessidade de determinar o
prazo de validade?

 

Diminuir as alterações do produto

Sabemos que o prazo de validade (https://cstqjr.com.br/o-que-voce-precisa-sabershelf-life/) serve para identificar qual o tempo máximo que um alimento pode ser exposto sem alterar de forma significativas suas características originais físicas, químicas, biológicas e sensoriais (cor, brilho, luz, odor, textura, som e sabor).

 

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Essas alterações podem ser determinadas por vários motivos, dentre elas:

Falta de higiene ao manusear o produto;
• Utilização de embalagens inadequadas;
Transporte desses produtos;
Armazenamento inapropriado;
Composição químicas dos ingredientes;
• Presença de microrganismos

Esses e outros fatores podem causar algumas mudanças. Para as alterações físicas, podemos citar a presença de rachaduras ou amassados, para as alterações químicas o alimento pode azedar ou amargar, por exemplo e nas alterações biológicas, podem aparecer bolores e mofo no produto ou outros fatores que modifiquem suas características. E a medida que isso vai acontecendo a qualidade dos produtos diminuem até se estragarem e não poderem mais ser consumidos.

 

A pesquisadora do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor afirma, que “os alimentos que não forem conservados adequadamente podem apresentar deterioração, mesmo que o prazo de validade esteja ok.” (Idec, 2015).

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Fonte: Tua saúde

 

Evitar danos à saúde

Isso mostra o quão importante é fazer a identificação da validade nos rótulos dos seus produtos, de forma adequada. Quando uma pessoa consome algum produto que passou da validade existem grandes chances de adquirir alguma doença.

Os problemas causados por alimentos deteriorados são chamados de DTA’s (Doenças Transmitidas por Alimentos).

“De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), são notificados em média, por ano, 700 surtos de DTA, com envolvimento de 13 mil doentes e 10 óbitos.” (Ministério da Saúde, 2019).

A ingestão desses alimentos pode causar vômitos, diarreia e náuseas, por exemplo. Por causa dos riscos de saúde que isso pode causar, em 1990 o CDC (Código de Defesa do Consumidor) determinou que seria obrigatório determinar o prazo de validade de alimentos e outros produtos.

Quando ocorre alguma intoxicação pelo consumo de alimento o CDC assegura que “o consumidor tem direito de ser reparado pelos danos sofridos, sendo cinco anos o prazo para reclamar indenização”, pois é caracterizado como acidente de consumo. (Idec, 2015).

 

Se adequar à legislação

Essa medida teve como principal objetivo assegurar o consumidor sobre o produto que ele está consumido, atribuindo a responsabilidade ao fabricante, caso ocorra algum problema pela ingestão do produto dentro do prazo de validade estabelecido pela empresa.

No ano de 2019, uma reportagem feita pelo portal G1 mostrou que em Brasília “em uma operação especial de Páscoa, o Procon verificou mais de 2 mil produtos em 231 estabelecimentos comerciais em todo o Distrito Federal e retirou mais de 500 chocolates e itens alimentícios vencidos, danificados ou adulterados das prateleiras.”

A determinação da validade é uma segurança para o empresário também, pois realizar o estudo de tempo de prateleira assegura que os produtos fabricados pela sua empresa estão de acordo com as resoluções determinadas pela ANVISA. Podendo oferecer a confiança necessária que o consumidor procura para comprar esse determinado alimento.

ATENÇÃO!

A pesquisadora do Idec Silvia Vignola, e uma entrevista dada ao portal do Idec aconselha que o prazo de validade:

– Deve estar impresso;
– Não deve vir rasurado;
– Não pode haver sobreposição de etiquetas.

 

Evitar multas

O órgão responsável por fazer essa fiscalização é o PROCON (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor). Seu principal objetivo é garantir uma boa relação entre o consumidor e o fornecedor, realizando operações nos estabelecimentos, avaliando como está sendo o fornecimento dos insumos e se estão cumprindo as normas da legislação.

Em 2019, no Estado de São Paulo “Fiscais do Núcleo Regional da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP) autuaram uma unidade da rede de hipermercados Extra, por comercializar produtos com a validade vencida e outras irregularidades. Ao todo, foram encontrados 75 produtos fora da validade.” (Portal G1, 2019).

As multas atribuídas à inadequação das exigências ou a vendas de produtos fora da validade são altas e podem trazer consequências negativas ao empresário. Sendo assim é importante estar atento ao que a ANVISA determina e realizar as orientações solicitadas.

O CDC determina que “se o alimento apresenta prazo de validade vencido, ou estiver alterado, adulterado, falsificado, fraudado ou de qualquer outra forma nocivo à vida ou à saúde, o fornecedor passa a ser o responsável por ressarcir o consumidor”.

Isso pode ser feito através da “substituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízos de eventuais perdas e danos ou o abatimento proporcional do preço, quando cabível.” (Idec, 2015).

Alguns estados aderiam a campanha “De olho na validade”. Ela tem como o objetivo incentivar os consumidores a observarem as validades dos produtos e caso encontrem alguma irregularidade, eles têm o direito de receber o mesmo produto dentro da validade sem custos ou o dinheiro de volta.

 

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 Fonte: Portal G1

 

Evitar denúncias

Além disso é importante que ao identificar alimentos com alguma informação do rótulo incompleta ou com produtos que estão sendo vendido fora do prazo de validade determinado, devem realizar a denúncia, através dos canais de atendimentos do PROCON da sua cidade.

É importante que o consumidor também esteja atento à essas informações para ajudar na identificação de locais que estão irregulares e contribuir na redução das taxas de DTA’s ocasionadas pela ingestão desses produtos.

 

Conseguimos sanar suas dúvidas sobre a importância de terminar o Shelf Life dos alimentos? Esperamos que sim. Caso tenha interesse em saber mais sobre o que é preciso fazer para saber a validade do seu produto, entre em contato conosco através do e-mail contato@nuteq.com.br ou pelo telefone: (84) 99620-6964.

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